Devido à correria do dia a dia acabamos por nos descuidar de nós próprios, mas o que muitos não imaginam é o que a perda de um mero e único dente pode causar na nossa saúde. Na consulta de medicina dentária, surge muitas vezes a questão: “Se eu perco apenas um dente, ainda me sobram 15 na arcada, vou ter problemas mesmo assim?” A resposta que o médico dentista dá é: “Sim”.
As pessoas costumam procurar o médico dentista apenas quando estão com dor ou numa condição insuportável, e, muitas vezes, o próximo passo é a extração dentária, a cuja situação as pessoas acabam por se acomodar, seja por questões financeiras ou por descuido. O que não imaginamos é o efeito cascata que isso acarreta posteriormente para a própria pessoa.
A perda de um simples dente desestabiliza toda uma arcada causando problemas a vários outros dentes e a possível perda dos dentes mais próximos, ou mesmo, a fratura de algum dente do outro lado por excessos cometidos, uma vez que esta região fica sobrecarregada. A causa disso é a perda do ponto de contacto ou simplesmente a perda do “apoio”, seja lateral ou verticalmente (quando se perde um dente da arcada inferior,
o dente da arcada superior, ou o antagonista a este perdido, começa a descer). O dente pode mesializar (deslizar para a frente) ou distalizar (deslizar para trás) pela perda do elemento dentário próximo. Isto ocorre porque o dente deixa de ter a barreira natural que o impede de “descer” ou de “deslizar”. Este movimento pode criar pontos mortos ou negros e causar a acumulação de alimento, gerando assim outro problema: a gengivite ou periodontite, que causa sangramentos, irritações gengivais e muito frequentemente a perda do elemento dentário. Para casos de dentes dos arcos superiores, além de “deslizar”, ainda costumam “descer” ou “crescer” causando outro problema: ficam sensíveis pela exposição da raiz, que não tem esmalte como na coroa, gerando sensibilidades que numa simples respiração ou em atos quotidianos como beber ou comer algo (frio ou quente) causa grandes dores ou mesmo incómodos constantes. Como se já não bastassem todos esses problemas, o deslizamento ou a descida do elemento dentário faz com que os restantes dentes próximos saiam da linha correta, dificultando a mastigação e trituração do alimento, fazendo com que passe a engolir pedaços maiores. Estes pedaços maiores causam outro efeito cascata no organismo, fazendo com que o estômago trabalhe mais, causando muitas vezes gastrites e úlceras, e o intestino passa também a receber pedaços maiores do bolo alimentar e acaba por não conseguir processar todo este bolo, causando problemas gastrointestinais severos. O que muitas pessoas não sabem é que todo este problema surgiu a partir de uma simples perda dentária, e que pode ser evitado através da mera colocação de implantes dentários.
Hoje trabalhamos de uma forma muito conservadora, com procedimentos minimamente invasivos e em ambiente hospitalar para uma maior segurança, com uma equipa multidisciplinar, altamente especializada e preparada para qualquer situação.
A implantologia está indicada para a maioria dos casos através da qual todos podem aceder a uma solução definitiva, fixa, esteticamente mais bonita e psicologicamente mais estimulante, pois não é necessário retirar nada para lavar como víamos as nossas avós a fazer com o copinho de água ao lado da cama à noite. Hoje, os implantes estão acessíveis a praticamente todo nível social por meio de diversas formas de pagamento.
Não deixe que um problema dentário gere um problema maior, não arrisque a sua saúde, agende uma consulta, venha conhecer a equipa, fazer a sua avaliação e ouvir profissionais sérios e qualificados, pois, afinal, a nossa saúde começa pela boca.

Mesialização dos dentes posteriores, eles se deitam para frente acumulando resíduos e perdendo poder de mastigação pois não tocam completamente no superior neste caso.

Distalização dos dentes anteriores, eles se deitam para trás.